Nossa viagem de junho promete muitas surpresas, seres incríveis, lutas épicas e cenas inesquecíveis 😛 que tal então conhecer algumas criaturas míticas mencionadas na história?
O QUE É BANSHEE?
Banshee é um ente fantástico da mitologia celta irlandesa que é conhecida como Bean Nighe na mitologia. Fala-se que a Banshee seria um ser maligno feminino.
Elas provêm da família das fadas, e é a forma mais obscura delas. As banshees eram consideradas mensageiras da morte e o seu gemido é um som especialmente triste que parece o som melancólico do uivo do vento com o tom da voz humana, sendo audível a grande distância. Embora nem sempre seja vista, seu gemido é ouvido normalmente à noite quando alguém está prestes a morrer.
Em várias origens, as banshees aparecem principalmente sob um dos três disfarces: uma jovem, uma mulher ou uma pessoa esfarrapada. Ela normalmente usa uma capa com capuz cinza, ou uma roupa esvoaçante ou uma mortalha. Ela também pode surgir como uma lavadeira e é vista lavando roupas sujas de sangue daqueles que irão morrer. A banshee também pode aparecer de várias outras formas, como um corvo, um arminho, uma lebre ou uma doninha – animais associados, na Irlanda à bruxaria.
DE ONDE VIERAM OS VAMPIROS?
A noção de vampirismo existe há milênios; culturas como as da Mesopotâmia, Hebraica, da Grécia Antiga, e a romana continham lendas de demônios e espíritos que são considerados precursores dos modernos vampiros. No entanto, apesar da ocorrência de criaturas do tipo dos vampiros nessas civilizações antigas, o folclore da entidade que conhecemos hoje como vampiro teve origem quase que exclusivamente no sudeste da Europa, no início do século XVIII, quando as tradições orais dos grupos étnicos dessa região, foram registrados e publicados.
Em muitos casos, os vampiros são espectros de seres malignos, mas podem também ser criados quando um espírito maléfico possui um corpo ou quando se é mordido por um vampiro. A crença em tais lendas penetrou tanto em algumas regiões que causou histeria coletiva e até execuções públicas de pessoas que se acreditavam serem vampiros.
É difícil fazer uma descrição única e final do vampiro da tradição popular, embora exista uma série de elementos comuns a muitas das lendas europeias. Os vampiros são muitas vezes descritos como de aparência inchada, e com uma coloração rósea, púrpura ou escura; estas características são frequentemente atribuídas a uma recente ingestão de sangue. Acreditava-se que eles teriam corpos com uma aparência mais saudável do que o esperado e mostrando poucos ou nenhum sinal de decomposição.
Itens capazes de afastar as almas do outro mundo são comuns no folclore vampírico. O alho é um exemplo, bem como os ramos de roseira silvestre. Espalhar sementes de mostarda no telhado e ter por perto objetos sagrados, como crucifixos, rosários, ou água benta, conseguiria afastá-los. Como os vampiros não possuem reflexo e não produzem sombra, como manifestação da ausência de alma, o uso de espelhos nas portas virados para o exterior têm sido usados como proteção.
Na literatura, é um ser mítico que apareceu desde o século 18, começando na poesia e partindo para livros que se tornaram muito populares como Carmilla, Drácula até as muitas reimaginações modernas.
E OS LOBISOMENS?
São seres lendários, descritos como um humano capaz de se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia.
Sua origem comum subjacente remonta à mitologia proto-indo-européia, onde a licantropia (metamorfose de homem em lobo) encontram a sua raiz na mitologia grega, segundo a qual o Rei da Arcádia, serviu carne humana para Zeus e como castigo este o transformou em lobo e só quando conseguisse não mais comer carne humana, Lycaon poderia voltar a ser humano.
Na obra "Cidade de Deus", autores cristãos também mencionaram lobisomens, como Agostinho de Hipona (Santo Agostinho), que diz "é geralmente aceito que, por certos feitiços de bruxa, os homens possam ser transformados em lobos..."
As tradições pagãs germânicas, associadas a "homens-lobos", persistiram por mais tempo na Era Viking escandinava. Sabe-se que Harald I da Noruega tinha um corpo de Úlfhednar ("homens revestidos de lobo").
A situação descrita durante o período medieval dá origem à dupla forma de folclore do lobisomem na Europa Moderna. Por um lado, o lobisomem "germânico", que passa a ser associado ao pânico da bruxaria, e por outro lado o lobisomem "eslavo" ou vlkolak, que passa a ser associado ao conceito de "vampiro". O lobisomem-vampiro é encontrado no folclore da Europa Central e Oriental, incluindo Hungria, Romênia e Bálcãs, enquanto o lobisomem-feiticeiro "ocidental" é encontrado na França, na Europa de língua alemã e no Báltico.
Até ao século XX, os ataques de lobos a humanos eram uma característica ocasional, mas ainda generalizada na Europa. Alguns estudiosos sugeriram que era inevitável que os lobos, sendo um dos predadores mais temidos da Europa, fossem projetados no folclore dos malvados metamorfos.
Conhecidos como Revenant (espíritos ou cadáver animado que teria revivido da morte para assombrar os vivos), os lobisomens tinham que ter seus corpos destruídos, caso contrário, voltariam à vida em forma de lobos ou hienas, para rondar os campos de batalhas e beber o sangue dos soldados moribundos.
Às vezes, os métodos usados para eliminar vampiros seriam os mesmos usados para os lobisomens. Essa tradição de misturar os folclores dos vampiros com lobisomens ou até criar um ser híbrido entre os dois vem do conceito de que ambos seriam tipos de revenant , muito comum nos países do Leste Europeu, particularmente na Bulgária, Sérvia e Eslovênia.
Outra versão diz que um menino nascido após uma sucessão de sete mulheres se tornará a fera ou que após a morte de um familiar que possuía a aberração, a maldição passaria do pai para o filho, do avô para neto e assim por diante.
Esses seres e muitos outros você encontra na nossa viagem do mês!